Revista de Vinhos
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O Colheita 1995 reflete a tensão de um ano que testou a paciência e recompensou quem soube esperar. Após um verão escaldante e uma chuva oportuna no início de setembro, as uvas atingiram o equilíbrio ideal. Quase três décadas em cascos antigos moldaram um vinho de força serena: casca de laranja, avelã e especiarias quentes revelam-se devagar, num final que perdura como uma lembrança.
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Cor tijolo de intensidade média
Intensidade aromática pronunciada, com notas marcantes de caramelo, marmelada, nozes, torradas, pimenta-preta e café. Um vinho complexo e exuberante.
A acidez elevada equilibra harmoniosamente a doçura. O início é marcado por um perfil especiado e picante, que evolui para uma textura aveludada. O final é suave, longo e dominado por notas de caramelo.
O colheita 1995 apresenta uma concentração notável e uma acidez impressionante. Harmoniza perfeitamente com queijos mais intensos e gordurosos, sobremesas especiadas ou à base de frutos secos e é igualmente memorável quando apreciado sozinho.
Indeterminado
Álcool – 20,00% Acidez Total – 5,4 (g/l) pH – 3,21 Açúcar Residual – 114 (g/l) Contém sulfitos
Viticultura:
O ano de 1995 no Douro foi equilibrado, com um verão quente e seco e noites frescas na altura da vindima, ideais para preservar acidez e frescura. A colheita começou em meados de setembro, com uvas saudáveis e bem maturadas.
Fermentação:
A fermentação decorreu em cubas de inox, com leveduras indígenas (fermentação espontânea).
Envelhecimento:
O vinho estagiou 2 anos em inox, seguido de 15 anos em tonéis de 4.000L e, desde então, em cascos usados de 600L. Ao todo, foram 30 anos de envelhecimento em madeira usada.
Enóloga:
Mariana Rosária
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