Viticultura

Viticultura:
A vindima de 2024 no Douro foi marcada por um inverno fresco e húmido, que repôs as reservas de água, seguido por uma primavera amena que favoreceu uma rebentação uniforme. O final da primavera e o verão trouxeram calor constante e baixa pressão de doenças, permitindo uma maturação gradual. Uma vaga de calor entre o final de julho e o início de agosto foi atenuada por uma gestão oportuna da copa — prática que se torna cada vez mais crucial com a frequência crescente de ondas de calor. As vinhas apresentaram uvas saudáveis e concentradas, e no início de setembro começámos a vindimar as castas brancas para este lote. Globalmente, 2024 promete vinhos elegantes, estruturados e com acidez vibrante.

Fermentação:
As castas Viosinho, Arinto, Gouveio e Fernão Pires foram vindimadas manualmente no ponto ótimo de maturação fenólica e arrefecidas para 8–10°C antes de uma prensagem pneumática suave. O mosto foi submetido a uma decantação estática a frio durante 48–72 horas (~10°C), antes da inoculação. A fermentação decorreu a 15°C em cubas de inox com controlo de temperatura. O contacto com as borras finas, com bâtonnage regular, foi usado para desenvolver textura. A fermentação durou entre 15 e 20 dias, resultando em vinhos com frescura, precisão e tensão.

Envelhecimento:
Manteve-se em cuba de inox até ao engarrafamento, com bâtonnage frequente durante 4 meses, para preservar a vivacidade e melhorar a textura.

Enóloga:
Mariana Rosária